quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012


Olá, meus/minhas colegas educadores (as) de Natal!

Em Natal, salas vazias. (Fotos Paulo Almeida)
Como tod@s vocês já sabem, o início do ano letivo na rede municipal de Natal, que estava marcado para esta segunda-feira, foi adiado para o dia 1º de março. Os motivos, ao contrário do que está sendo dito por aí, não têm nada a ver com o nosso indicativo de greve para o próximo mês e muito menos com o carnaval. O adiamento do retorno às aulas é uma das expressões da gravíssima falta de compromisso das autoridades com a educação pública em Natal. A verdade é que as salas estão vazias porque a Prefeitura não preparou as escolas para os alunos. Em muitas delas, por exemplo, as tão faladas reformas não foram nem mesmo concluídas. A merenda escolar sequer foi licitada, e ainda que tivesse sido adquirida, não teria como ser preparada, pois o fornecimento de gás às escolas está suspenso.

Ainda que se diga que os 200 dias letivos dos estudantes não serão afetados, como confiar numa gestão que despreza completamente o valor da escola pública? Quando o calendário da rede de ensino não é cumprido em função de uma greve, os governos culpam professores e funcionários pelo prejuízo. O Poder Judiciário, por sua vez, logo se apressa e empunha o chicote para nos obrigar a tudo quanto queiram. Mas de quem é a culpa quando as aulas de mais 57 mil alunos são comprometidas porque a educação pública sofre com a falta de condições básicas? Essa é uma ótima pergunta a ser feita ao Ministério Público que, ao invés de cobrar dos governos, se ocupa em ameaçar – inclusive de prisão – diretoras de escolas que não aceitam mais novos alunos porque já não tem onde colocar tanta criança!
(...)


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