quarta-feira, 25 de julho de 2007


DE RUABarracas -

entre imagem gastas,

Bandejas sangram framboesas.

Num arenque lunar se arrasta

Sobre mim uma letra acesa.

Cravo as estacas dos meus passos,

O tamborim das ruas sente.

Lentamente os bondes-cansaços

Cruzam as lanças fluorescentes.

Alçando a mão o olho arisco,

A praça oblíqua põe-se a salvo.

O céu esgazeia ao gás alvo

O olhar sem-ver do basilisco.




(Tradução de Augusto de Campos e Boris Schnaiderman)

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