sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Diplomação dos eleitos dizer não quando todos dizem sim!

A justiça eleitoral diplomou os novos Prefeitos, vices e vereadores.

Todo o processo terminou e agora vira a posse.

Realmente a democracia dos ricos tem a sua celeridade. Ela tem por objetivo omitir, escamotear as representações de classe. O parlamentar eleito representa o povo (opaco, turvo). Povo é um conceito que simplesmente não quer dizer nada. O que é o povo? O povo é o cidadão? E o cidadão é o quê?

Existe uma verdadeira hipocrisia e todos são coniventes com este estado de coisas podres. Todos os eleitos, sem exceção, da pseudo-esquerda à direita, compram votos. Todo o processo eleitoral é de fato uma vileza. Todos os que foram eleitos e diplomados, pelas graças de são Rodrigo de Borgia –nobre espanhol que se tornou Papa sem saber rezar um pai nosso, além de assassino e fornicador - sabem o caminho torpe pelo qual percorreram. Definitivamente não há nenhum tipo puro, inocente, singelo entre os eleitos.

Além disso, o processo eleitoral cidadão estanca a participação popular. O povo já fez sua parte, já votou, agora são os eleitos (escolhidos legitimamente sem falcatruas) que irão promover o bem comum. O povo participa como coadjuvante, interpreta papéis secundários e turvos, sem o glamour do candidato. Na verdade o povo assiste a tudo bestializado e deve se sentir em pleno carnaval. Este realmente éo sentido da política para as elites e também para a pseudo-esquerda (PT e a turba degenerada de antigos ex-socialistas).

O carnaval é uma alusão perfeita aos desvarios de um processo corrupto e inescrupuloso como o da democracia burguesa. Tem trio elétrico, tem festa, tem samba e não poderia faltar a cerveja. Dizem – é a festa da democracia!!! O povo fica descontrolado, inebriado. É um verdadeiro espetáculo!!! Pane-Circense. Onde estão as feras? Ou então chame o ladrão, chame o ladrão!

Finalmente, processo está encerrado, ou melhor, enforcado. Milhões foram despejados, o povo atuou como povo, ou seja, na sua opacidade passiva, como quem assiste a um programa de Silvio Santos – quem quer dinheiro? E assim, fechamos mais um ciclo político na Republica das bananas ou seria dos bacanas?




FEIRA DA CULTURA DO TRISTÂO


A Escola Estadual Tristão de Barros esta de parabéns pela sua feira da cultura. Os alunos, professores, funcionários, direção e pais se empenharam bastante para mostrar os talentos de uma escola publica que resiste. Estão todos de pararabens.

No entanto, há um comentário a fazer. O que realmente é cultura? Que cultura devemos cultuar? A cultura de massas do mass midea? Aquilo que já vem pronto pra ser consumido rapidamente como num fastfood?

A cultura alienante tem um papel fundamental na nossa sociedade de classes. Ela só serve a dominação. Imaginemos uma criança de oito anos que vai assistir com os seus pais a feira de cultura de uma escola pública brasileira, nordestina e localizada em pleno Sertão. E, repentinamente se depara com uma apresentação de dança de rua americana do norte. Nada contra a dança de rua dos americanos do norte. O problema não esta lá. O problema é nosso. Se formos incompetentes para resgatar o que é realmente nosso, o que representa nossas origens é outra historia. A criança na sua ingenuidade vai assimilar aquela dança como nossa. Ela vai naturalizar algo que é cultural. Ela automaticamente vai gerar uma introspectidade de assimilação objetiva. Ela vai aceitar aquilo como pertencente a sua cultura. Isto funciona como a mais perfeita e melhor arma que o colonialismo cultural usa para destruir a memória. Sinceramente fico assustado.

Por que não resgatar as danças folclóricas tradicionais? Por que não fazer novas leituras dessas danças? Por que não cultuar danças de origem africana, ou outras?

Não é desculpa dizer que os jovens são alienados, ou desconhecem. Nós educadores também desconhecemos e nos omitimos. A criança e o adolescente não podem discernir sozinhos o que é essência e o que é aparência. Não podemos postergar nossas responsabilidades, senão criaremos um mundo impróprio onde seremos apenas meros expectadores.

A nossa cultura é riquíssima e devemos cultuá-la. As nossas crianças e adolescentes merecem e têm o direito inalienável a viver e construir uma identidade cultural ampla e enraizada nos valores humanos de sua terra . Se não fizermos isso estamos fadados à pecha do obscurantismo.

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