terça-feira, 31 de março de 2009

NOTAS

PÉROLA
“Na Embraer não houve proposta de redução da jornada, férias, nada. Esse foi o problema.”
ARTUR HENRIQUE, presidente da CUT.
Para ele, o problema maior não são as demissões, mas o fato de a Embraer não ter “negociado”, a redução de salário e direitos. Em tempo: Artur soube antes das demissões e não avisou aos trabalhadores. (Istoé Dinheiro)
É GUERRA I –
Pesquisa da CNI mostra que os patrões vão demitir mais - 54% dos 431 empresários entrevistados responderam que demitiram empregados ou suspenderam serviços terceirizados.
É GUERRA II –
Na mesma pesquisa, mais da metade (53%) disse que suspendeu contratações planejadas, 32% informou que deu férias coletivas e 27% adotou o banco de horas.
SIMPSONS PERDEM A CASA
Em um de seus episódios mais recentes, a casa dos Simpsons é tomada pelo banco. A família recebe uma carta, com a revisão dos números de sua hipoteca. De frente para o computador, o gerente calcula e apresenta o valor, astronômico e impossível de ser pago. Os Simpsons então perdem a casa, vendida em um leilão. O episódio é uma paródia do que está acontecendo nos EUA, após a chamada crise dos “subprime”. A bolha da especulação imobiliária estourou e quem está pagando a conta são as famílias de trabalhadores norte-americanos, que perdem suas casas. Apenas em janeiro deste ano 275 mil casas foram tomadas pelos bancos.
ACOBERTANDOO
juiz da 17ª Vara Federal de Brasília Moacir Ferreira Ramos absolveu integrantes do governo FHC de acusações de terem privilegiado o banco Opportunity e outras empresas no leilão de venda da Telebrás, que ocorreu em 1998. O Ministério Público Federal tinha proposto a ação de improbidade administrativa na qual questionava a legalidade da operação que resultou na privatização do sistema Telebrás. O juiz alegou falta de provas e disse que o atual governo do PT poderia ter colaborado com a investigação “para que fosse feita, a fundo, a investigação dessas denúncias”. É o PT acobertando a velha sujeira tucana.
NA MARRA
Os trabalhadores de uma fábrica da Sony no sudoeste da França obrigaram executivos da companhia a negociar as demissões previstas para abril. O presidente da empresa e outros executivos foram detidos pelos furiosos funcionários e tiveram que passaram a noite em uma sala de reuniões. Essa foi a única solução encontrada, pois os diretores da empresa se negavam a ouvir seus empregados. A empresa havia anunciado em dezembro o fechamento da fábrica. Mas a a reunião realizada a contra-gosto da chefia decidiu que os trabalhadores terão direito a uma nova rodada de negociações para definir as indenizações.
SAPATOS NELES
O jornalista iraquiano que virou herói no mundo inteiro ao atirar seus sapatos no então presidente norte-americano George W. Bush foi condenado no dia 12 a nada menos que três anos de prisão. Muntada al Zaidi interrompeu uma entrevista coletiva que Bush concedia no Iraque no dia 14 de dezembro, aos gritos de “esse é o seu beijo de despedida, cachorro”, enquanto atirava seus sapatos num atônito presidente. O jornalista foi ovacionado pelo público ao chegar ao tribunal. Pesquisas realizadas por várias redes de TV mostram que 62% dos iraquianos o consideram um “herói”. Os advogados do jornalista vão recorrer da decisão.
Aconteceu nos 15 anos do PSTU
1994
A greve abandonada
A CUT convocou uma greve geral para 23 de março contra o plano FHC 2, que criava a nova moeda, o real, mas atacava salários. “A estabilização da economia significa introduzir no Brasil preços da Suíça com salários de Paquistão”, afirmava o editorial do Jornal do PSTU 9, que antecedeu o Opinião Socialista. A greve acabou desmarcada pela CUT, um dia antes. Ainda assim, milhares protestaram, como petroleiros e metalúrgicos, cuja passeata parou a Via Anchieta, no ABC.
2003
Começa a invasão do IraqueNa noite de 20 de março, Bagdá foi bombardeada implacavelmente na operação “Choque e pavor”. Semanas antes, o dirigente do PSTU Dirceu Travesso esteve em Londres, na reunião da coalizão “Parem a Guerra”. Ele falou ao Opinião Socialista 196 sobre o calendário, que incluía greves, ocupações e uma passeata na Casa Branca. “Agora cada dia é crucial para impedir a guerra”, afirmou Travesso.Em 15 de fevereiro, milhões haviam protestado em uma ação unitária contra a invasão, um dos maiores atos da história. Só na Espanha, três milhões foram às ruas.
2001
O começo do Argentinazo Artigo de Alejandro Iturbe mostrou o avanço da crise na Argentina. “O país já completou 30 meses de recessão”, contou. No dia 20 de março, caiu o ministro da Economia, Lopez Murphy. O presidente De La Rúa tentou montar um gabinete de salvação nacional e nomeou Cavallo como ministro. As ruas pegaram fogo, com atos e protestos. Uma greve geral ocorreria no dia 21. O artigo do Opinião 112 narra o surgimento de comitês, grupos e novos ativistas no movimento operário. Mais tarde, nos últimos dias de 2001, os argentinos ocupariam praças com panelas. De La Rúa será o primeiro presidente a cair e, com ele, o mito dos planos de ajuste do FMI.
PÉROLA DO PASSADO
Ruth Cardoso, esposa de FHC, sobre as ações sociais para deter o impacto da crise na economia (de 1999). Ao contrário do que se pensa, não é de Lula o jargão “a primeira vez na história deste país”. (Folha de S. Paulo – 14/3/1999, no Opinião 72).
"Pela primeira vez na história do Brasil, não são os mais pobres que vão pagar pela crise".

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