PSTU afasta dirigentes sindicais após debate interno amplo e democrático
Direção Nacional do PSTU
• Há algum tempo, o PSTU vem realizando um debate interno sobre a prática de seus militantes como dirigentes sindicais. A preocupação do partido é em combater a adaptação dos dirigentes dentro dos sindicatos e o distanciamento da base. A essa situação, chamamos de burocratização.
A burocratização pode se manifestar na utilização dos bens do sindicato para benefício próprio, mas também na centralização de poder, substituição do poder de decisão da base por decisões de cúpula, falta democracia, personalismo e outros desvios que toda organização revolucionária precisa combater.
Esse debate está se dando em todos os estados onde temos dirigentes sindicais. No Rio Grande do Norte, iniciou-se pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) onde era visível a existência de desvios burocráticos na condução do sindicato. Foi identificada uma centralização absoluta de poder nas mãos da principal dirigente, Sônia Godeiro, há 18 anos no sindicato.
Essa centralização se manifesta não só em relação ao controle dos equipamentos e bens do sindicato, mas também nas decisões, algumas mínimas, como definir um cardápio para uma festa ou até grandes decisões que deveriam ser tomadas pela base.
Todo esse processo, que durou mais de dois anos, foi feito por meio de muito debate interno: documento de posições contrárias, reuniões individuais, plenárias, elaboração de acordos, vinda de membros da Direção Nacional do PSTU a Natal, ida de Sônia a São Paulo para reunião com a direção do partido, protocolos, entre outros.
Durante todo este tempo, nem uma só reflexão ou autocrítica foi feita pela ex-militante. Continuavam os desvios burocráticos e se aprofundava o controle absoluto sobre o sindicato. Infelizmente, os problemas aumentaram e aprofundou-se ainda mais o controle sobre os rumos do Sindsaúde.
Uma degeneração política, programática e moralO que começou como um desvio se transformou em degeneração política, programática e moral. Entre os inúmeros exemplos deste processo, vamos citar apenas alguns.
Em 2007, durante uma greve dos agentes de saúde, o comando de greve ocupou o sindicato e lá passava quase todo o dia, encaminhando as tarefas da paralisação que durou 40 dias. Isso irritou Sônia Godeiro, principal dirigente do Sindsaúde, pois a mesma entendia que o comando era muito grande.
Para ela, não havia necessidade de tanta gente e seria uma despesa ainda maior com almoço, telefone etc. Esta postura trouxe conflito com parte da diretoria do sindicato e com o comando de greve que, ao expor sua insatisfação à Sônia, foi surpreendido com o seu afastamento da greve.
O ponto alto desse processo foi a assembleia do Sindsaúde, no dia 18 de março de 2009, quando a direção colocou seguranças para impedir que trabalhadores sindicalizados entrassem. O PSTU defende a democracia operária. Não podemos impedir as pessoas de expressarem suas opiniões, mesmo que contrárias às nossas.
Essa foi a expressão maior do aprofundamento da burocratização dos dirigentes do Sindsaúde. Práticas como essas são incompatíveis com os princípios e com a moral que defende o PSTU.
Um outro exemplo aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Rio Grande do Norte (Sindsef). Nossa ex-militante defendeu a mudança de estatuto para que os diretores pudessem permanecer mais mandatos.
Assim, após todos estes fatos não restou à Direção Nacional do PSTU outra alternativa que não fosse o afastamento dos dirigentes sindicais que concordavam com esta política e metodologia. São eles: Juvêncio, Marcos Tinoco, do Sindicato dos Bancários; Valério Fonseca, advogado do Sindsaúde; Gizélia, do Sindsef; e Sônia Godeiro e Wilson, do Sindsaúde.
A todos foi dada a opção de permanecer no Partido desde que se afastassem dos sindicatos. No entanto, todos disseram: “saio do PSTU e fico no sindicato”.
A mentira e a calúnia para esconder a verdadeApós o afastamento dos seis membros do Partido, ficou claro para o conjunto do movimento o processo de degeneração destes ex-militantes. Eles substituem o debate político por calúnias ao nosso Partido, tais como as veiculadas pela imprensa em Natal.
Sônia Godeiro afirma: “... eles queriam que todos os funcionários contratados pelo Sindsaúde fossem do partido e não concordamos” (Correio da Tarde de 15/04/09). No mesmo jornal: “Ela afirma também que Juvêncio teria recebido uma ordem para transferir recursos do Sindicato dos Bancários à chapa de oposição que concorria numa eleição sindical em São Paulo”.
Ao contrário do que alegam os ex-militantes do PSTU, os únicos funcionários que estavam nos sindicatos foram orientados a pedir demissão e assim o fizeram em 2007. Portanto, não há nenhuma orientação neste sentido. Além disso, os apoios financeiros que são dados pelo sindicato dos bancários a oposições sindicais são decididos única e exclusivamente pela diretoria do sindicato.
Mas, pior ainda, “Sônia Godeiro e Valério Fonseca afirmam que os dirigentes do partido exigiam que os filiados com cargos nas direções dos sindicatos ‘aparelhassem’ as entidades (...) Denunciou ainda que, em nível nacional, a legenda desvia recursos de sindicatos para campanhas eleitorais” (Correio da Tarde de 15/04/09).
Com isso Sônia Godeiro e Valério Fonseca utilizam órgãos da imprensa burguesa e da grande mídia para atacar nossa organização revolucionária com calúnias que inclusive podem levar à criminalização do PSTU, já que todos sabem que é proibido por lei o repasse de contribuições do sindicato para partidos políticos.
É público e notório que as campanhas eleitorais do PSTU são extremamente pobres. Os materiais são impressos em pouca quantidade. Há ausência de serviço de som, e os candidatos fazem campanha de ônibus, entre outros tantos exemplos. Isso ocorre porque o financiamento de nossas campanhas vem da contribuição voluntária de militantes e de campanhas financeiras feitas na classe trabalhadora. Não recebemos dinheiro da burguesia, nem do governo, nem dos sindicatos que dirigimos.
Os companheiros que romperam com o PSTU sabem disso, porque eles dirigiam os sindicatos e eles eram os responsáveis pelo dinheiro do sindicato. Acreditamos que nunca tiraram dinheiro de seus sindicatos para nosso partido, pelo menos nunca fomos informados disso. Portanto, estão mentindo.
O PSTU, apesar de entender que é uma infelicidade o afastamento destes companheiros que tem um passado e uma trajetória de luta revolucionária, sente orgulho de tê-los afastado. Em nossa organização, não existem “capa-pretas” e nem dirigentes sindicais poderosos que estão acima da base do partido.
Se fossem parlamentares, governadores ou prefeitos seria do mesmo jeito. Quem não respeita os princípios e o programa do partido, não pode ficar nele.
Os sindicatos, para nós, devem servir para as lutas imediatas de nossa classe, mas também precisam ser escolas da revolução. Se nós não combatemos a pressão sindical que sofrem nossos companheiros para se adaptarem aos aparelhos sindicais, seremos derrotados os dois: os sindicatos e o partido.
Para estar no PSTU, não basta ser um lutador sindical. É necessário ter acordo programático e ter como principal objetivo a transformação social do país. É precisa ser um REVOLUCIONÁRIO.
Direção Nacional do PSTU
• Há algum tempo, o PSTU vem realizando um debate interno sobre a prática de seus militantes como dirigentes sindicais. A preocupação do partido é em combater a adaptação dos dirigentes dentro dos sindicatos e o distanciamento da base. A essa situação, chamamos de burocratização.
A burocratização pode se manifestar na utilização dos bens do sindicato para benefício próprio, mas também na centralização de poder, substituição do poder de decisão da base por decisões de cúpula, falta democracia, personalismo e outros desvios que toda organização revolucionária precisa combater.
Esse debate está se dando em todos os estados onde temos dirigentes sindicais. No Rio Grande do Norte, iniciou-se pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) onde era visível a existência de desvios burocráticos na condução do sindicato. Foi identificada uma centralização absoluta de poder nas mãos da principal dirigente, Sônia Godeiro, há 18 anos no sindicato.
Essa centralização se manifesta não só em relação ao controle dos equipamentos e bens do sindicato, mas também nas decisões, algumas mínimas, como definir um cardápio para uma festa ou até grandes decisões que deveriam ser tomadas pela base.
Todo esse processo, que durou mais de dois anos, foi feito por meio de muito debate interno: documento de posições contrárias, reuniões individuais, plenárias, elaboração de acordos, vinda de membros da Direção Nacional do PSTU a Natal, ida de Sônia a São Paulo para reunião com a direção do partido, protocolos, entre outros.
Durante todo este tempo, nem uma só reflexão ou autocrítica foi feita pela ex-militante. Continuavam os desvios burocráticos e se aprofundava o controle absoluto sobre o sindicato. Infelizmente, os problemas aumentaram e aprofundou-se ainda mais o controle sobre os rumos do Sindsaúde.
Uma degeneração política, programática e moralO que começou como um desvio se transformou em degeneração política, programática e moral. Entre os inúmeros exemplos deste processo, vamos citar apenas alguns.
Em 2007, durante uma greve dos agentes de saúde, o comando de greve ocupou o sindicato e lá passava quase todo o dia, encaminhando as tarefas da paralisação que durou 40 dias. Isso irritou Sônia Godeiro, principal dirigente do Sindsaúde, pois a mesma entendia que o comando era muito grande.
Para ela, não havia necessidade de tanta gente e seria uma despesa ainda maior com almoço, telefone etc. Esta postura trouxe conflito com parte da diretoria do sindicato e com o comando de greve que, ao expor sua insatisfação à Sônia, foi surpreendido com o seu afastamento da greve.
O ponto alto desse processo foi a assembleia do Sindsaúde, no dia 18 de março de 2009, quando a direção colocou seguranças para impedir que trabalhadores sindicalizados entrassem. O PSTU defende a democracia operária. Não podemos impedir as pessoas de expressarem suas opiniões, mesmo que contrárias às nossas.
Essa foi a expressão maior do aprofundamento da burocratização dos dirigentes do Sindsaúde. Práticas como essas são incompatíveis com os princípios e com a moral que defende o PSTU.
Um outro exemplo aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Rio Grande do Norte (Sindsef). Nossa ex-militante defendeu a mudança de estatuto para que os diretores pudessem permanecer mais mandatos.
Assim, após todos estes fatos não restou à Direção Nacional do PSTU outra alternativa que não fosse o afastamento dos dirigentes sindicais que concordavam com esta política e metodologia. São eles: Juvêncio, Marcos Tinoco, do Sindicato dos Bancários; Valério Fonseca, advogado do Sindsaúde; Gizélia, do Sindsef; e Sônia Godeiro e Wilson, do Sindsaúde.
A todos foi dada a opção de permanecer no Partido desde que se afastassem dos sindicatos. No entanto, todos disseram: “saio do PSTU e fico no sindicato”.
A mentira e a calúnia para esconder a verdadeApós o afastamento dos seis membros do Partido, ficou claro para o conjunto do movimento o processo de degeneração destes ex-militantes. Eles substituem o debate político por calúnias ao nosso Partido, tais como as veiculadas pela imprensa em Natal.
Sônia Godeiro afirma: “... eles queriam que todos os funcionários contratados pelo Sindsaúde fossem do partido e não concordamos” (Correio da Tarde de 15/04/09). No mesmo jornal: “Ela afirma também que Juvêncio teria recebido uma ordem para transferir recursos do Sindicato dos Bancários à chapa de oposição que concorria numa eleição sindical em São Paulo”.
Ao contrário do que alegam os ex-militantes do PSTU, os únicos funcionários que estavam nos sindicatos foram orientados a pedir demissão e assim o fizeram em 2007. Portanto, não há nenhuma orientação neste sentido. Além disso, os apoios financeiros que são dados pelo sindicato dos bancários a oposições sindicais são decididos única e exclusivamente pela diretoria do sindicato.
Mas, pior ainda, “Sônia Godeiro e Valério Fonseca afirmam que os dirigentes do partido exigiam que os filiados com cargos nas direções dos sindicatos ‘aparelhassem’ as entidades (...) Denunciou ainda que, em nível nacional, a legenda desvia recursos de sindicatos para campanhas eleitorais” (Correio da Tarde de 15/04/09).
Com isso Sônia Godeiro e Valério Fonseca utilizam órgãos da imprensa burguesa e da grande mídia para atacar nossa organização revolucionária com calúnias que inclusive podem levar à criminalização do PSTU, já que todos sabem que é proibido por lei o repasse de contribuições do sindicato para partidos políticos.
É público e notório que as campanhas eleitorais do PSTU são extremamente pobres. Os materiais são impressos em pouca quantidade. Há ausência de serviço de som, e os candidatos fazem campanha de ônibus, entre outros tantos exemplos. Isso ocorre porque o financiamento de nossas campanhas vem da contribuição voluntária de militantes e de campanhas financeiras feitas na classe trabalhadora. Não recebemos dinheiro da burguesia, nem do governo, nem dos sindicatos que dirigimos.
Os companheiros que romperam com o PSTU sabem disso, porque eles dirigiam os sindicatos e eles eram os responsáveis pelo dinheiro do sindicato. Acreditamos que nunca tiraram dinheiro de seus sindicatos para nosso partido, pelo menos nunca fomos informados disso. Portanto, estão mentindo.
O PSTU, apesar de entender que é uma infelicidade o afastamento destes companheiros que tem um passado e uma trajetória de luta revolucionária, sente orgulho de tê-los afastado. Em nossa organização, não existem “capa-pretas” e nem dirigentes sindicais poderosos que estão acima da base do partido.
Se fossem parlamentares, governadores ou prefeitos seria do mesmo jeito. Quem não respeita os princípios e o programa do partido, não pode ficar nele.
Os sindicatos, para nós, devem servir para as lutas imediatas de nossa classe, mas também precisam ser escolas da revolução. Se nós não combatemos a pressão sindical que sofrem nossos companheiros para se adaptarem aos aparelhos sindicais, seremos derrotados os dois: os sindicatos e o partido.
Para estar no PSTU, não basta ser um lutador sindical. É necessário ter acordo programático e ter como principal objetivo a transformação social do país. É precisa ser um REVOLUCIONÁRIO.
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