domingo, 14 de junho de 2009

EDUCAÇÃO

Educação
Quando o ensino é uma guerra
13 de junho de 2009


Os relatos dos professores que aparecem nesta reportagem lançam luz sobre um problema hoje disseminado nas escolas - públicas e particulares - do país: a relação com os alunos é tensa, quando não violenta, e motivá-los nunca foi tão difícil. Para ensinar, é preciso enfrentar toda sorte de adversidades, da indisciplina que reina na sala de aula a, em casos mais extremos, agressões físicas. Soma-se a isso o desafio de trabalhar em lugares sem infraestrutura, como nas escolas onde chega a faltar energia elétrica.Um conjunto recente de números ajuda a mostrar como essa situação piora o clima na sala de aula. Para se ter uma ideia, 52% dos professores ouvidos em pesquisa da International Stress Management Association (Isma), feita em São Paulo e Porto Alegre, admitem atitudes agressivas com seus alunos. E os próprios professores são vítimas do ambiente ruim: de acordo com dados da Unesco, 47% já sofreram agressões verbais de alunos.Nas escolas em que o clima é considerado bom, as notas dos estudantes são 36% mais altas do que a média em testes de linguagem e 46% maiores em matemática. Tornar mais harmoniosas as relações na escola não é relevante apenas para reduzir o stress dos professores e a desmotivação dos alunos. É decisivo para fazer a educação avançar.

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