Montadoras continuam demitindo no ABC, e sindicato cutista nada faz
Rogério Romancinide São Bernardo do Campo (SP)
Desde o início do ano, o governo federal vem transferindo bilhões de reais para as multinacionais instaladas no país. O argumento para esta medida é que, assim, são evitadas demissões e queda da produção nestas empresas. A realidade, porém, é outra.A produção das montadoras já recuou mais de 13% este ano, ao contrário das vendas. Essas tiveram um ligeiro aumento, desovando parte dos carros que ficaram nos pátios das empresas entre os meses de outubro e janeiro.Nas páginas do Tribuna Metalúrgica, jornal oficial do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, não há nada sobre as demissões nas fábricas da base do sindicato da CUT. Nenhuma linha sobre os planos de demissão voluntária (PDV), demissões dos trabalhadores com contratos temporários e aprendizes.Enquanto as montadoras embolsam parte da redução do IPI, pois não repassam o desconto total para o preço final do produto, aumentam o ritmo de trabalho daqueles que ficam nas montadoras. As empresas usam o dinheiro do BNDES, conseguido em pacotes de benefícios, para demitir parte dos trabalhadores.
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