quarta-feira, 19 de maio de 2010

A ARTE DA CASA DO CORDEL

Herdeiro da xilogravura
Publicação: 19 de Maio de 2010 às 00:00imprimircomentarenviar por e-emailreportar erroscompartilhartamanho do texto A+ A- Maria Betânia Monteiro - repórter

As paisagens do sertão nordestino misturadas aos elementos do imaginário popular, como lobisomens, sereias aladas, cavalos de fogo, são impressos com freqüência nos livros de cordel a partir da técnica da xilografia. A técnica milenar surgiu como recurso de reprodução de impressos e ganhou status de arte nas mãos de grandes pintores europeus. Aqui no Nordeste a xilografia se popularizou e vem sendo preservada por grandes mestres, como o pernambucano J. Borges, considerado o maior gravador popular em atividade no Brasil. Herdeiro desta tradição e ao mesmo tempo rompendo com ela, o jovem xilógrafo potiguar de 24 anos, Erick Lima, está realizando cursos nas escolas públicas de Natal e região metropolitana com o objetivo de divulgar a técnica e a história da xilografia para adolescentes. “A cultura popular, apesar do nome, fica restrita a um pequeno grupo de produtores, chegando à população apenas o que é considerado cultura de massa”, disse Erick Lima, cujo projeto de popularização da xilografia foi aprovado pelo BNB Cultural e deve ser executado até o final deste ano.

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