África do Sul: às vésperas da Copa, greve!
Apenas duas semanas antes da Copa do mundo, trabalhadores sul-africanos nos setores de transportes e estiva continuam em greve. A paralisação, que já entra em sua segunda semana, interrompeu as exportações de metais, carros, frutas e vinho para a Europa e a Ásia, assim como as importações de peças de veículos e combustível, dando um inestimável prejuízo aos empresários do país. Fabricantes de veículos já ameaçam interromper a produção por falta de matéria prima. Além disso, muitos equipamentos necessários para a realização da Copa do mundo ainda não chegaram ao país por conta da greve nos portos.
Prontamente, os gerenciamentos de turno, cortaram os salários dos trabalhadores em greve e decretaram-na ilegal. Mas os grevistas prometem não recuar enquanto os salários não forem reajustados.
— Nós não aceitamos que uma copa do mundo sirva de álibi para esses empresários entrarem em nosso país e saqueá-lo. Nosso povo já ganha mal e come mal e agora eles querem que nós trabalhemos mais ainda, mas nós não vamos aceitar. A greve continua — disse a presidente da União dos Trabalhadores em Transportes da África do Sul, Jane Barrett.
Os trabalhadores exigem um reajuste mínimo de 13% para todas as categorias como condição para encerrarem a greve, que começou no dia 10 de maio. Mas, segundo um pronunciamento do próprio gerente Zuma, caso não sejam rapidamente melhoradas as condições de trabalho e habitação do povo, os protestos podem ser radicalizados, comprometendo a realização da Copa do mundo.
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