domingo, 20 de março de 2011

Libertem Vovó Tricolor

Está circulando um abaixo-assinado na internet que pede a libertação dos 13 manifestantes presos ontem à noite no ato contra a visita de Barack Obama ao país. Converso com um integrante da assessoria de comunicação do PSTU, um dos organizadores da manifestação, e ele me diz que, entre os presos, está Maria de Lourdes Pereira da Silva, mais conhecida como Vovó Tricolor, um dos símbolos do Fluminense.

Num site que mostra fotos da confusão, há até uma declaração de Rosângela Pereira, filha dela:

- Minha mãe de 69 anos é essa que corre pela rua. Está presa desde às 7h (da noite) de ontem porque estava nessa manifestação. É uma tragédia!!! Ela é a Vovó Tricolor e é hipertensa.

A lista dos 13, dez deles militantes do PSTU, inclui ainda Gilberto Silva (eletricista); Rafael Rossi (professor de estado, dirigente sindical do Sepe); Pâmela Rossi (professora do estado);Thiago Loureiro (estudante de Direito da UFRJ, funcionário do Sindjustiça); Yuri Proença da Costa (carteiro); Gualberto Tinoco (servidor do estado e dirigente sindical do Sepe); Gabriela Proença da Costa (estudante de Artes da Uerj); Gabriel de Melo Souza Paulo (estudante de Letras da frj); José Eduardo Braunschweiger (advogado); Andriev Martins Santos (estudante da UFF); João Paulo (estudante do colégio Pedro II) e Vagner Vasconcelos (movimento MV Brasil).

- As mulheres estão detidas em Bangu 8 e os homens, em Água Santa. São presos políticos, mas estão misturados aos presos comuns em penitenciárias - diz o integrante do partido.

Um dos presos, diz ele, tem 16 anos e está no centro de triagem da Ilha do Governador, podendo ser transferido para o Instituto Padre Severino, junto a menores infratores.

A principal acusação para a prisão é de terem tentado "causar um incêndio" no Consulado dos Estados Unidos. O PSTU alega que a provocação - lançaram um coquetel molotov, que atingiu um vigilante do consulado - foi feita por "por elementos infiltrados que queriam jogar a repressão contra a manifestação pacífica”.

- Na hora, estávamos reunidos num grande círculo. Não estávamos voltados para o consulado, como se pode ver no vídeo. Os manifestantes e os jornalistas ouviram uma explosão ao fundo e foram surpreendidos com o avanço da polícia, que atacou com cassetetes, atirou com balas de borracha e lançou bombas de gás.

Eu não estava lá, não sei o que aconteceu e não concordo com as críticas dos militantes a Obama. Mas acho um excesso encarcerar na penitenciária os manifestantes, sem direito a fiança.

A foto de que Rosângela fala, feita por Antonio Scorza, da AFP, é essa abaixo:

Nenhum comentário: