Greve da educação do RJ se fortalece
No último dia 08, foi deflagrada a greve da categoria, no entanto, a batalha d@s noss@s colegas não é só contra o governador, mas também, como nós bem sabemos, contra as direções comissionadas que, salvo em raras exceções, são algozes d@s trabalhadores (as) dentro das escolas e tentam de toda forma abafar e inviabilizar os movimentos grevistas.
Acontece que os elementos que tentam se somar contra a justa reivindicação dos professores (as) e funcionários (as) cariocas não serão suficientes para barrar o grande movimento de massas que vem se consolidando no RJ a cada ato de covardia do governo e a cada ato em defesa dos bombeiros que, aliás, estão também solidári@s à nossa luta naquele estado.
Esperamos que no dia 16 de junho o SEPE e todos os profissionais da educação possam fortalecer o “dia nacional em defesa da educação”.
Dia atípico na agenda de lutas
Pela manhã, o vôo para Maringá estava previsto para 6h30m, mas devido a condições meteorológicas ruins o aeroporto da cidade foi interditado. Acontece que a decisão/informação só se tornou pública por volta das 9h da manhã, quando o caos já estava devidamente estabelecido no aeroporto. Passageiros de todas as companhias aéreas e de diversos destinos se amontoavam no saguão, à espera de informações. Pessoas de todas as faixas etárias se “acomodavam” nos bancos ou no chão e procuravam garantir esse lugar antes de guardar outro nas filas para um café da manhã caríssimo ou para o banheiro.
À noite, a cena se repetiu com um agravante: por algum erro da Web Jet, a aeronave que faria o vôo para o Rio de Janeiro simplesmente não estava disponível no aeroporto e no horário previstos. A informação veio cerca de meia hora depois do horário previsto para o embarque, mas esse foi só o início da epopéia. Constatado o furo, a Web Jet teria que nos transportar do aeroporto de Cumbica para o de Guarulhos e resolveu fazer isso da melhor forma: utilizando táxis da única empresa com a qual tinha convênio e que, por acaso, possui uma frota bem pequena. O resultado, além da correria no meio do aeroporto entre informações desencontradas e funcionári@s perdid@s, principalmente para quem precisava retirar bagagem, foi uma espera de mais de 40 minutos numa fila estática, ao relento, em pleno frio de 15°, com sensação térmica nem sei de quanto, já que @s própri@s paulistas se queixavam da temperatura. E o mais sórdido de todos os detalhes é que a fila só foi encerrada depois que a companhia teve a iniciativa de utilizar todos os táxis disponíveis, e não apenas o da empresa conveniada, sugestão, aliás, dada desde o início por tod@s @s passageir@s e que teria evitado 90% do transtorno que tivemos que passar na espera ao relento.
Parafraseando um passageiro indignado, “assim como um país que tem um vulcão precisa de um plano de emergência para o caso dele entrar em erupção, uma companhia aérea precisa de um plano para situações previsíveis assim”. Daí aprendemos a lição: se não há uma companhia aérea sequer que seja pública, está aí um ótima ilustração para a tese de que a solução para os problemas relacionados aos serviços básicos não está na privatização. Por trás da atmosfera de glamour criada pelos pisos de porcelanato ou pela maquiagem e os cabelos bem penteados das atendentes das empresas privadas, se esconde a única verdade presente em qualquer lugar de que precisemos: se os ricos estão bem, que se dane o povo. E é esse descaso que se reflete em cada uma das situações vexatórias pelas quais passamos no cotidiano. O mais intrigante de tudo é que os governos que não resolvem o problema da educação Brasil afora porque precisam investir na estrutura para receber a copa, não estão dando conta nem dela. Afinal, se os aeroportos já estão assim agora, imagine quando a Copa do mundo chegar. E mais uma vez vai sobrar pra gente!
Educadores em greve de Parnamirim/RN realizam debate sobre PNE
O
ntem, dia 10, participei de um debate em Parnamirim/RN, a convite do SINTSERP, sindicato dos funcionários públicos de lá. O tema foi “O PNE e uma perspectiva socialista para educação”. Os professores de Parnamirim estão em greve desde o último dia 26. A principal reivindicação é o cumprimento da lei do piso, além de gestão democrática e recursos para as escolas. Para variar, o argumento da Prefeitura para não pagar o piso é o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Acontece, gente, que Parnamirim está recebendo este ano R$ 9 milhões a mais de verbas do FUNDEB, sendo a segunda maior arrecadação do Estado. O debate foi muito bom, contando com boa participação da categoria e os professores fazendo seus desabafos. Como disse o professor Hugo: “Se não fosse meu cartão de crédito, não sei como chegaria ao final do mês, pago pra começar a usar de novo e sobreviver”. Temos que transformar nossa angústia em ação e compreender que sem o aumento dos recursos para educação não haverá melhorias. Por isso, estamos propondo 10% do PIB Já!


Próximo dia 16 é Dia Nacional em Defesa da Educação Pública

O ideal seria que os sindicatos pudessem realizar paralisações, organizando o maior ato que conseguirem. As cidades e estados que estiverem em greve podem inserir o dia no calendário de atividades, chamando a atenção para a unificação da mensagem “10% do PIB Já”. As cidades em que os sindicatos não chamarem mobilizações poderiam organizar, na própria escola, atividades com os alunos: debates, aulas gerais, exposições de trabalhos artísticos, grafitagem, etc. Tudo contendo a mensagem da campanha.
Não se esqueçam de registrar tudo para depois postarmos nas redes sociais, vídeos curtos ou fotografias. A CSP - Conlutas está jogando suas forças na construção desse dia, inclusive na tentativa de aglutinar todas as centrais e direções sindicais em torno desse dia. O Sintab, de Campina Grande (PB), e o Sintramb, de Bayeux (PB), já aderiram. O SINTSERP, de Parnamirim (RN), vai levar a proposta para o comando de greve para decidir sobre a adesão. Vamos fortalecer este dia, pessoal!!!
Divulguem o cartaz nacional.
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