segunda-feira, 13 de junho de 2011

Greve da educação do RJ se fortalece

Bem, colegas, trago algumas notícias sobre a educação no RJ. Em primeiríssimo lugar, o salário d@s noss@s colegas de lá também tem apenas três algarismos. E o d@s funcionár@s, imaginem só, não chega a um salário mínimo. Na cidade maravilhosa, @s trabalhadores (as) em educação não tem reposição salarial desde 2009, ano em que fizeram manifestações que foram duramente reprimidas pelo governo Sergio Cabral (PMDB), que além de balas de borracha utilizou também gás lacrimogêneo contra @s manifestantes, implementando a política dos governos fascistas que tratam trabalhadores como se fossem bandid@s.


No último dia 08, foi deflagrada a greve da categoria, no entanto, a batalha d@s noss@s colegas não é só contra o governador, mas também, como nós bem sabemos, contra as direções comissionadas que, salvo em raras exceções, são algozes d@s trabalhadores (as) dentro das escolas e tentam de toda forma abafar e inviabilizar os movimentos grevistas.


Acontece que os elementos que tentam se somar contra a justa reivindicação dos professores (as) e funcionários (as) cariocas não serão suficientes para barrar o grande movimento de massas que vem se consolidando no RJ a cada ato de covardia do governo e a cada ato em defesa dos bombeiros que, aliás, estão também solidári@s à nossa luta naquele estado.


Esperamos que no dia 16 de junho o SEPE e todos os profissionais da educação possam fortalecer o “dia nacional em defesa da educação”.

Dia atípico na agenda de lutas

A previsão de atividades para o dia 11 era a de participação em uma assembleia d@s trabalhadores (as) em educação de Maringá (PR) e uma reunião com os educadores da CSP-Conlutas, mas o que deveria ser uma simples viagem acabou se transformando numa verdadeira gincana, com direito a “se levantar perde o lugar”, “aguente a fome se puder”, “aguente o frio se aguentar”, “prove que aguenta esperar” e “chegue primeiro se for capaz”. Brincadeiras de fora, foi esse mesmo o quadro que se delineou no aeroporto de Guarulhos, tanto pela manhã, quando pretendia embarcar para Maringá, quanto à noite, quando embarquei para o Rio de Janeiro, para participar do grande ato em solidariedade aos bombeiros.


Pela manhã, o vôo para Maringá estava previsto para 6h30m, mas devido a condições meteorológicas ruins o aeroporto da cidade foi interditado. Acontece que a decisão/informação só se tornou pública por volta das 9h da manhã, quando o caos já estava devidamente estabelecido no aeroporto. Passageiros de todas as companhias aéreas e de diversos destinos se amontoavam no saguão, à espera de informações. Pessoas de todas as faixas etárias se “acomodavam” nos bancos ou no chão e procuravam garantir esse lugar antes de guardar outro nas filas para um café da manhã caríssimo ou para o banheiro.


À noite, a cena se repetiu com um agravante: por algum erro da Web Jet, a aeronave que faria o vôo para o Rio de Janeiro simplesmente não estava disponível no aeroporto e no horário previstos. A informação veio cerca de meia hora depois do horário previsto para o embarque, mas esse foi só o início da epopéia. Constatado o furo, a Web Jet teria que nos transportar do aeroporto de Cumbica para o de Guarulhos e resolveu fazer isso da melhor forma: utilizando táxis da única empresa com a qual tinha convênio e que, por acaso, possui uma frota bem pequena. O resultado, além da correria no meio do aeroporto entre informações desencontradas e funcionári@s perdid@s, principalmente para quem precisava retirar bagagem, foi uma espera de mais de 40 minutos numa fila estática, ao relento, em pleno frio de 15°, com sensação térmica nem sei de quanto, já que @s própri@s paulistas se queixavam da temperatura. E o mais sórdido de todos os detalhes é que a fila só foi encerrada depois que a companhia teve a iniciativa de utilizar todos os táxis disponíveis, e não apenas o da empresa conveniada, sugestão, aliás, dada desde o início por tod@s @s passageir@s e que teria evitado 90% do transtorno que tivemos que passar na espera ao relento.



Parafraseando um passageiro indignado, “assim como um país que tem um vulcão precisa de um plano de emergência para o caso dele entrar em erupção, uma companhia aérea precisa de um plano para situações previsíveis assim”. Daí aprendemos a lição: se não há uma companhia aérea sequer que seja pública, está aí um ótima ilustração para a tese de que a solução para os problemas relacionados aos serviços básicos não está na privatização. Por trás da atmosfera de glamour criada pelos pisos de porcelanato ou pela maquiagem e os cabelos bem penteados das atendentes das empresas privadas, se esconde a única verdade presente em qualquer lugar de que precisemos: se os ricos estão bem, que se dane o povo. E é esse descaso que se reflete em
cada uma das situações vexatórias pelas quais passamos no cotidiano. O mais intrigante de tudo é que os governos que não resolvem o problema da educação Brasil afora porque precisam investir na estrutura para receber a copa, não estão dando conta nem dela. Afinal, se os aeroportos já estão assim agora, imagine quando a Copa do mundo chegar. E mais uma vez vai sobrar pra gente!

Educadores em greve de Parnamirim/RN realizam debate sobre PNE

Ontem, dia 10, participei de um debate em Parnamirim/RN, a convite do SINTSERP, sindicato dos funcionários públicos de lá. O tema foi “O PNE e uma perspectiva socialista para educação”. Os professores de Parnamirim estão em greve desde o último dia 26. A principal reivindicação é o cumprimento da lei do piso, além de gestão democrática e recursos para as escolas. Para variar, o argumento da Prefeitura para não pagar o piso é o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acontece, gente, que Parnamirim está recebendo este ano R$ 9 milhões a mais de verbas do FUNDEB, sendo a segunda maior arrecadação do Estado. O debate foi muito bom, contando com boa participação da categoria e os professores fazendo seus desabafos. Como disse o professor Hugo: “Se não fosse meu cartão de crédito, não sei como chegaria ao final do mês, pago pra começar a usar de novo e sobreviver”. Temos que transformar nossa angústia em ação e compreender que sem o aumento dos recursos para educação não haverá melhorias. Por isso, estamos propondo 10% do PIB Já!

Próximo dia 16 é Dia Nacional em Defesa da Educação Pública

Oi, gente! Lembro que dia 16 de junho, próxima quinta-feira é o “Dia Nacional em Defesa da Educação Pública.”.Seria importante que pudéssemos realizar diversas atividades neste dia, que retratassem a luta pelos 10% do PIB imediatos para a educação e a luta pela pauta específica em cada local.

O ideal seria que os sindicatos pudessem realizar paralisações, organizando o maior ato que conseguirem. As cidades e estados que estiverem em greve podem inserir o dia no calendário de atividades, chamando a atenção para a unificação da mensagem “10% do PIB Já”. As cidades em que os sindicatos não chamarem mobilizações poderiam organizar, na própria escola, atividades com os alunos: debates, aulas gerais, exposições de trabalhos artísticos, grafitagem, etc. Tudo contendo a mensagem da campanha.

Não se esqueçam de registrar tudo para depois postarmos nas redes sociais, vídeos curtos ou fotografias. A CSP - Conlutas está jogando suas forças na construção desse dia, inclusive na tentativa de aglutinar todas as centrais e direções sindicais em torno desse dia. O Sintab, de Campina Grande (PB), e o Sintramb, de Bayeux (PB), já aderiram. O SINTSERP, de Parnamirim (RN), vai levar a proposta para o comando de greve para decidir sobre a adesão. Vamos fortalecer este dia, pessoal!!!

Divulguem o
cartaz nacional.

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