quarta-feira, 14 de setembro de 2011

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Os jornais de hoje mostram a possibilidade do Brasil comprar títulos da dívida dos países europeus, como forma de ajudar estes países a saírem da crise. Uma possibilidade é a utilização de recursos das reservas internacionais ou do “Fundo Soberano” para comprar estes títulos.

Em bom português, o que isto significa? Significa que o governo brasileiro, mais uma vez, se endividará aos juros mais altos do mundo para financiar os países mais ricos, recebendo taxas de juros bem menores, e ainda auxiliando estes países no salvamento de bancos falidos. A partir de 2008, os países da União Européia se endividaram fortemente para promover ajudas trilionárias para salvar bancos e outras empresas privadas, e por isso enfrentam esta crise.

Agora, o Brasil pode assumir esta dívida ilegítima (às custas de mais dívida interna), ainda correndo o risco de ficar com um verdadeiro “mico”. Conforme mostra a notícia do Portal G1, as próprias autoridades brasileiras reconhecem que desta forma o país poderia “correr mais riscos”.

Assim como no recente pagamento antecipado e empréstimo ao FMI, se trata de mais uma jogada de marketing do governo brasileiro, que tenta fazer parecer que o país não tem problemas com a dívida, e ainda salva outros países endividados.

O problema é que esta ajuda é feita às custas de mais dívida interna, que já supera os R$ 2 trilhões e paga as taxas de juros mais altas do mundo ao setor financeiro, ao mesmo tempo em que o governo bloqueia qualquer projeto que aumente os gastos sociais, tais como o piso salarial nacional para policiais e bombeiros dos estados, o aumento dos recursos da saúde, ou o reajuste aos servidores públicos.


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