CUT e Força agridem militantes que convocavam o dia 30
Dois casos de violência aconteceram esta semana, em Taubaté e em São Caetano, quando militantes do PSTU e da Conlutas estregavam panfletosRogério Romancinide São Bernardo do Campo (SP)Nesta quarta-feira, com parte da preparação para o Dia Nacional de Luta contra as demissões e em defesa dos salários e direitos, militantes do PSTU e da Conlutas faziam panfletagem na Volkswagen de Taubaté e na General Motors de São Caetano, em são Paulo.Em Taubaté, militantes distribuíam o Ferramenta de Luta. Com um carro de som, convocavam os trabalhadores para os protestos de 30 de março e denunciavam as más condições de trabalho impostas aos trabalhadores após a aprovação do acordo que impôs o banco de horas na empresa.De repente, diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, filiado à CUT, a serviço da multinacional alemã, atacaram com chutes e pontapés o companheiro Edmir, diretor do Sindicato dos Metalurgicos de São José dos Campos. Ele estava falando no carro de som quando a agressão começou.Além de roubarem o microfone da mão de Edmir, os agressores amassaram a porta do carro do sindicato de São José, emprestado para convocar os trabalhadores para o dia 30. O sindicato local não convocou os trabalhadores. O jornal semanal da entidade sequer cita o dia de luta.Já em São Caetano, os militantes distribuíam o boletim Ferramenta de Luta do ABC na portaria da GM. No início da panfletagem, militantes e diretores do sindicato, filiado à Força Sindical, chegaram em alta velocidade num automóvel Gol de cor prata. Eles desceram do carro gritando e agredindo verbalmente as companheiras.Ao se recusar a entregar o material que distribuía, uma das companheiras teve o braço agarrado e torcido. O material foi tomado à força pelos “bate-paus”.É preciso repudiar esta atitude. Além de lembrar o pior exemplo de gangsterismo sindical, ela demonstra que estas centrais estão a serviço das multinacionais. Este é o momento de construir a maior unidade possível para defender os empregos e os direitos. Com esta postura, na prática, estas centrais ajudam as empresas a explorar ainda mais, já que nestas duas empresas os sindicatos locais estão aliados aos patrões e não defendem mais os interesses dos trabalhadores.
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