Embraer: uma luta de todos
A Embraer tornou-se um símbolo da luta contra as demissões do país por vários motivos.
Em primeiro lugar, é um símbolo do fracasso das privatizações. A empresa era uma fábrica estatal, que foi privatizada e entregue majoritariamente a grupos estrangeiros. Hoje 29,8% de suas ações são negociadas na Bolsa de Nova York e outros 21,9% pertencem a três fundos de investimentos norte-americanos.
Durante muito tempo, a Embraer foi mostrada como um exemplo do sucesso das privatizações. Hoje está claro que foi mais um fracasso. No período de crescimento, seus altíssimos lucros foram embolsados pelos estrangeiros. Quando veio a crise, foi a primeira grande empresa a demitir em massa. Foram 4.270 pais e mães de família demitidos, 4.270 tragédias causadas pela privatização.
Em segundo lugar, é uma demonstração gritante de como funciona a burguesia. A receita bruta de vendas em 2008 foi quase R$ 1 bilhão maior que a de 2007. Uma parte dos lucros não foi reinvestida, mas jogada na especulação financeira. A queda dos lucros em 2008 em relação a 2007 teve a ver com perdas causadas pela especulação com derivativos. Mesmo assim, os lucros que sobraram bastariam para manter todos os trabalhadores, sem nenhuma justificativa para as demissões.
Em terceiro lugar, é uma mostra do caráter do governo Lula. Até hoje o presidente mantém alto índice de popularidade porque os trabalhadores acreditam que ele está do seu lado, defende seus interesses. Sua atuação na Embraer desmente categoricamente isso.
Ao serem anunciadas as demissões, Lula se disse “indignado” e chamou a direção da fábrica para discutir. Entre os operários, imediatamente se disseminou uma esperança. Afinal, Lula é o presidente e tem poder para fazer a fábrica recuar. O governo tem presença direta na direção da empresa (pelo Fundo Previ, com 14,2% das ações), e o BNDES emprestou R$ 20 bilhões à fábrica nos últimos 12 anos.
Depois, a imprensa revelou que Lula já sabia das demissões três dias antes que elas ocorressem, sendo a “indignação” uma farsa. Na reunião com a direção da empresa, Lula nem sequer falou em rever as demissões, aceitando os argumentos da empresa. Junto com isso, se recusou a se reunir com os trabalhadores, ouvindo só a patronal. Foi a ação de um governo a serviço dos patrões: garante empréstimos e avaliza as demissões.
Por todos esses motivos, a Embraer hoje é um símbolo nacional de luta contra as demissões. Todos os sindicatos, entidades do movimento estudantil e popular devem cerrar fileiras exigindo do governo Lula a reintegração dos demitidos e a reestatização da empresa.
A Conlutas, junto com parte da Intersindical, da Pastoral Operária e outros setores, está preparando um grande dia nacional de mobilizações e paralisações para 1º de abril. É preciso incorporar a questão da Embraer como parte fundamental dessa luta. Uma moção deve ser apresentada em todas as entidades do movimento sindical, estudantil e popular exigindo do governo a reintegração dos demitidos e a reestatização da empresa.
Olho
É preciso que todos assumam a luta contra as demissões e pela reestatização
A Embraer tornou-se um símbolo da luta contra as demissões do país por vários motivos.
Em primeiro lugar, é um símbolo do fracasso das privatizações. A empresa era uma fábrica estatal, que foi privatizada e entregue majoritariamente a grupos estrangeiros. Hoje 29,8% de suas ações são negociadas na Bolsa de Nova York e outros 21,9% pertencem a três fundos de investimentos norte-americanos.
Durante muito tempo, a Embraer foi mostrada como um exemplo do sucesso das privatizações. Hoje está claro que foi mais um fracasso. No período de crescimento, seus altíssimos lucros foram embolsados pelos estrangeiros. Quando veio a crise, foi a primeira grande empresa a demitir em massa. Foram 4.270 pais e mães de família demitidos, 4.270 tragédias causadas pela privatização.
Em segundo lugar, é uma demonstração gritante de como funciona a burguesia. A receita bruta de vendas em 2008 foi quase R$ 1 bilhão maior que a de 2007. Uma parte dos lucros não foi reinvestida, mas jogada na especulação financeira. A queda dos lucros em 2008 em relação a 2007 teve a ver com perdas causadas pela especulação com derivativos. Mesmo assim, os lucros que sobraram bastariam para manter todos os trabalhadores, sem nenhuma justificativa para as demissões.
Em terceiro lugar, é uma mostra do caráter do governo Lula. Até hoje o presidente mantém alto índice de popularidade porque os trabalhadores acreditam que ele está do seu lado, defende seus interesses. Sua atuação na Embraer desmente categoricamente isso.
Ao serem anunciadas as demissões, Lula se disse “indignado” e chamou a direção da fábrica para discutir. Entre os operários, imediatamente se disseminou uma esperança. Afinal, Lula é o presidente e tem poder para fazer a fábrica recuar. O governo tem presença direta na direção da empresa (pelo Fundo Previ, com 14,2% das ações), e o BNDES emprestou R$ 20 bilhões à fábrica nos últimos 12 anos.
Depois, a imprensa revelou que Lula já sabia das demissões três dias antes que elas ocorressem, sendo a “indignação” uma farsa. Na reunião com a direção da empresa, Lula nem sequer falou em rever as demissões, aceitando os argumentos da empresa. Junto com isso, se recusou a se reunir com os trabalhadores, ouvindo só a patronal. Foi a ação de um governo a serviço dos patrões: garante empréstimos e avaliza as demissões.
Por todos esses motivos, a Embraer hoje é um símbolo nacional de luta contra as demissões. Todos os sindicatos, entidades do movimento estudantil e popular devem cerrar fileiras exigindo do governo Lula a reintegração dos demitidos e a reestatização da empresa.
A Conlutas, junto com parte da Intersindical, da Pastoral Operária e outros setores, está preparando um grande dia nacional de mobilizações e paralisações para 1º de abril. É preciso incorporar a questão da Embraer como parte fundamental dessa luta. Uma moção deve ser apresentada em todas as entidades do movimento sindical, estudantil e popular exigindo do governo a reintegração dos demitidos e a reestatização da empresa.
Olho
É preciso que todos assumam a luta contra as demissões e pela reestatização
Nenhum comentário:
Postar um comentário