Micarla entra na justiça para pedir ilegaliadade da greve dos professores
Publicado no Dia 11/03/2009
Diante do impasse para se achar uma resolução que ponha fim à greve dos professores da rede municipal, a prefeita Micarla de Sousa já cogita a possibilidade de entrar com uma ação na justiça contra os profissionais da educação, alegando a ilegalidade da greve. Como divulgado em matéria publicada no Correio da Tarde de ontem (10), a prefeitura afirma que é impossível haver qualquer negociação em relação à reposição das perdas salariais (acumuladas em 34%) antes do dia 30 de junho, por causa das medidas tomadas pelo Governo Federal para minimizar os efeitos da crise econômica em curso. A verba do Fundo de Participação do Município, repassada pelo governo estadual, sofreu corte de 60% esse ano.Para dar veracidade à ação judicial, a prefeita irá argumentar também que o piso nacional é atendido proporcionalmente, conforme determina a própria lei que o criou. O titular da Secretaria Municipal de Educação (SME), Elias Nunes, vem dizendo em entrevistas que o Sinte/RN está passando uma imagem falsa de grande adesão à greve. De um lado, a prefeitura alega que apenas um, de 56 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI), está paralisado; e, de 66 escolas municipais, somente quatro estão completamente paralisadas. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN) contabilizou 90% das escolas municipais totalmente ou parcialmente paralisadas. Nas escolas visitadas pela reportagem do CORREIO DA TARDE desde o início da greve, sempre foi encontrado algum professor em sala de aula, mas em número bastante reduzido, se comparado com o corpo docente em sua totalidade. Das seis escolas municipais visitadas, a média de professores em sala de aula era de 5% a 10%, em relação ao quadro completo. Na maior escola da rede municipal de Natal, a Celestino Pimental, apenas dois professores ainda estão em sala de aula. Funcionando, em situação normal, durante os três turnos e, com aproximadamente 900 alunos matriculados, a Escola Municipal Celestino Pimentel só está oferecendo aulas para 32 alunos, do 4º e do 5º ano do ensino fundamental, no turno da manhã. Os professores que ainda estão em sala de aula preferiram não falar, mas, segundo a coordenadora Keila Cruz, os motivos por ainda estarem em sala de aula são pessoais.O Sinte/RN continua, durante toda a semana, fazendo Atos Públicos em frente ás escolas da rede estadual e municipal e se compromete a manter a greve até o dia 17 de março, data em que irá ocorrer mais uma assembléia para discutir os rumos da greve.
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