quinta-feira, 9 de julho de 2009

Como todos sabemos, o sistema complementar é falho e economiza dinheiro mandando pacientes caros para o SUS (politraumatizados, terminais, psiquiátricos, transplantes e Aids). Mesmo assim, gasta muito mais que o SUS. A conclusão é clara: o Estado brasileiro gasta muito menos do que deveria no tocante à saúde.Outra maneira de confirmarmos este dado é checando a percentagem do PIB gasta pelo ministério da saúde nos últimos anos. Ao pesquisar estes dados, surge o fato inacreditável: Desde 1995 (governo FHC) até 2008, a porcentagem do PIB gasta pelo ministério da saúde é dramaticamente fixa, flutuando entre 1,5 e 1,7% do PIB. Salta aos olhos que a preocupação social e o compromisso com a saúde pública são equivalentes e ínfimos, seja no governo tucano, seja no petista. Já o carinho pelos banqueiros nacionais e internacionais também são equivalentes entre FHC e Lula, pois os gastos com a dívida pública neste mesmo período variaram em 5,2 e 9,3% do PIB, entre três a seis vezes os gastos feitos com a saúde pública!A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que o gasto público mínimo em saúde aceitável para países com a saúde universalizada é de 6% do PIB. Em 2007 o Brasil gastou 3,34% do PIB - entram aí os gastos do Ministério da Saúde (1,7% do PIB),governos estaduais (0,9%do PIB) e municípios (0,9% do PIB). Para simplificar, podemos afirmar que o estado brasileiro de conjunto está gastando pouco mais da metade do mínimo que a OMS preconiza.

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