quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Acrescenta ainda que é inaceitável o argumento dos militares, de que deveriam ser punidos os militares e também os militantes de esquerda que recorreram às armas. “Em primeiro lugar porque os militantes de esquerda, inclusive os que pegaram em armas, estavam no exercício de um direito inerente à civilização humana, que é o de se rebelar contra regimes totalitários imposto ao povo, sem nenhuma legitimidade ou legalidade. Os militares usurparam o poder, pela força das armas. A este governo não pode ser devida a obediência da população, pois não foi escolhido por ela. Em segundo lugar porque os militantes de esquerda já foram punidos. Foram punidos pelas prisões, sequestros, assassinatos, perseguições que levaram anos e destruíram milhares de vidas. As autoridades civis e militares que praticaram estas atrocidades sim estão impunes até hoje”, ressaltou o dirigente que salientou a importância de não se virar a página desta época usando como argumento que o regime agiu de acordo com a lei, pois foram leis ilegítimas, criadas por eles próprios.

Segundo Zé Maria o debate sobre o decreto criado pelo ministro de diretos humanos Paulo Vannuchi é bem vindo, mas deveria ser mais ousado. Para ele a reação dos setores mais conservadores e recuo do governo, mostra que há indícios de que pouca coisa deverá mudar.

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