Para o dirigente da Conlutas, Zé Maria, que vivenciou o período de regime militar, a forma como o tema é tratado evidência um atraso do Brasil com relação à ampla maioria dos países que viveram regimes militares. Na Argentina, Chile e Paraguai já existe um processo de esclarecimento do que ocorreu nestes regimes e punição aos torturadores. Na transição para o regime democrático aqui no Brasil este acerto de contas não foi feito. Houve uma transição negociada, com o objetivo de preservar os militares, pois para o capitalismo eles são a última reserva de segurança para a dominação burguesa. “Não interessa aos banqueiros e grandes empresários a desarticulação das forças armadas, então há todo um esforço da elite brasileira de preservar a imagem das forças armadas porque são seus defensores e de seus privilégios”, disse Zé Maria.
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