terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mundo teve 373 desastres em 2010: 296 mil mortos

Miran

Em 2010, as erupções da natureza produziram 373 desastres em todo o mundo. Custaram 296,8 mil vidas e US$ 110 bilhões em prejuízos materiais.

Os dados foram trazidos à luz por órgão ligado à ONU. Chama-se Unidir, uma sigla em inglês que significa Estratégia Internacional para a Redução de Desastres.

Pela primeira vez, o continente americano prevaleceu sobre os demais no ranking dos piores desastres. Deve-se a novidade sobretudo ao Haiti.

Sozinho, o terremoto haitiano de 12 de janeiro de 2010 levou à cova 22,5 mil pessoas.

Outro terremoto, que sacudiu o Chile em 27 de fevereiro do ano passado, foi ao topo da lista dos flagelos mais onerosos.

De acordo com a estimativa da ONU, o tremor chileno resultou em prejuízos de cerca de US$ 30 bilhões.

Embora impressione, a cifra está longe de igualar os danos materiais causados pelo terremoto de Sichuan, na China. Ocorrido em 2008, custou US$ 86 bilhões.

Depois da América, o continente mais castigado pelo clima foi a Europa. Deve-se a segunda colocação principalmente à onda de calor que ceifou 56 mil vidas na Rússia.

O levantamento da ONU faz um passeio macabro pelo mundo. Mencima as inundações que infelicitaram a França em junho de 2010...

...Cita os rigores de um inverno atípico que congelou a maior parte da Europa em dezembro passado...

...Recorda os terremotos da China (abril, 2.968 cadáveres) e da Indonésia (outubro, 530 mortos)...

...Empilha os cerca de 2.000 corpos que feneceram em desastres ocorridos no Paquistão...

...Refere-se às inundações e deslizamentos de terra que inquietaram a Austrália em abril e dezembro de 2010.

Secretária-geral do órgão da ONU que se ocupa dos desastres, Margareta Wahlström, realçou uma obviedade que nem todo mundo enxerga:

"Se não agirmos agora, vamos ver mais e mais desastres, devido à urbanização desordenada e degradação ambiental...”

“...Desastres relacionados ao clima com certeza vão aumentar no futuro, devido a fatores que incluem as alterações climáticas".

Entre os dias 8 e 13 de maio, a ONU tentará por de pé, em Genebra, na Suíça, uma “Plataforma Global para a Redução de Desastres”.

Espera-se que o governo brasileiro envie representantes para o encontro. Estados como Rio, São Paulo e Minas Gerais deveriam fazer o mesmo.

Apenas as inundações e desmoranamentos da região serrana do Rio, já garantiram ao Brasil posição de hediondo destaque nas estatísticas da ONU para 2011.

A soma parcial contabiliza os mortos do Rio em 809. Considerando-se a quantidade de desaparecidos (469), o potencial de covas é, por ora, de 1.278. Um acinte.


Gasto com transporte é igual à despesa com comida

News Image/Ipea

Estuto feito pelo Ipea revela que, na última década, os gastos do brasileiro com transportes seigualaram à despesa com alimentação.

Em 2000, o cidadão gastava, em média, 18,7% de seu orçamento para se locomover e 21,1% para comer.

Em 2010, os dispêndios com transportes subiram para 20,1%. E o pedaço do orçamento consumido em comida caiu para 20,2.

Pesquisa nacional detectou que 44,3% da população tem nos transportes públicos seu principal meio de lomoção. O índice é maior no Sudeste: 50,7%.

A despeito disso, a quantidade de ônibus em circulação no Brasil cresceu menos na última década do que o volume de veículos particulares.

Para cada ônibus novo que chega às ruas, surgem 52 automóveis. Verificou-se uma mudança no perfil da composição da frota particular.

Em 2000, os carros correspondiam a 62,8% do total de veículos do país. As motos somavam 13,3%.

Hoje, os automóveis respondem por 57,5%. A quantidade de motocicletas quase que dobrou: 25,2%.

Agora, há nas ruas das cidades brasileiras um ônibus para cada 427 habitantes. Em 2000, havia um para 649 pessoas.

A proporção de automóveis é, hoje, de um para cada 5,2 habitantes. Há dez anos, havia um caro para cada 8,5 pessoas.

Divulgados nesta segunda (24), os dados do estudo indicam que quase 50% de todos os usuários de ônibus encontram-se na região sudeste.

A maioria dos que usam motos (43,4%) mora em cidades do Nordeste. Estão nessa região também o grosso dos que se declaram adeptos da bicicleta (45,5%).

Perguntou-se aos entrevistados qual o meio de transporte que mais utilizam para se mover em suas cidades.

No total nacional, depois dos transportes públicos (44,3%), vieram o carro (23,8%) e a moto (12,6%). A seguir, uma curiosidade:

O número de brasileiros que declaram que se movimentam a pé (12,3%) é maior do que a taxa dos que disseram utilizar a bicicleta (7%).

A proliferação dos carros exerce sobre a percepção das pessoas um efeito instantâneo: 69% disseram enfrentar engarrafamentos diários.

O que há de mais revelador nas dobras do estudo do Ipea é o reforço de uma evidência: o Brasil é um país por fazer em matéria de transportes públicos.

- Serviço: Aqui, a íntegra do trabalho do Ipea. Aqui, as tabelas utilizadas na divulgação, feita em São Paulo.

fonte: blog do josias de souza, da folha.


Para 39% dos brasileiros, transporte público é ruim

Os mais satisfeitos estão na Região Sul: 44,9%, de acordo com pesquisa do Ipea

24 de janeiro de 2011 | 16h 09

Renan Carreira - Agência Estado
SÃO PAULO - A qualidade do transporte público é ruim para 19,2% da população brasileira e muito ruim para 19,8%, de acordo com estudo divulgado nesta segunda-feira, 24, em São Paulo, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O porcentual de insatisfeitos, portanto, chega a 39%. Por outro lado, 26,1% veem o transporte público como bom e apenas 2,9% o consideram muito bom, em um total de 29%. Ele é regular para 31,3%.
"Este estudo serve para chamar a atenção para a inadequação desse modelo", disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, referindo-se à priorização do transporte individual em detrimento do transporte coletivo. "Há espaço para o avanço das políticas públicas."
Na Região Sul estão os mais satisfeitos com o transporte público: 44,9% o consideram bom ou muito bom e 23,5% o acham ruim ou muito ruim. Já na Região Sudeste se encontram as opiniões mais negativas: apenas 24,5% o veem como bom ou muito bom e 45,9% o consideram ruim ou muito ruim - este número é muito próximo ao da Região Norte: 45,8%.
O levantamento mostra também que uma em cada quatro (26,3%) pessoas no País vive em cidades em que não há integração entre meios de transporte. Não usam a integração, apesar de ela existir, 27,5%. Dentre aqueles que a utilizam, 33,2% o fazem trocando de um ônibus para outro. Depois, a mais frequente é a troca de um ônibus para o metrô: 4,9%.
O estudo aponta que, quanto mais escolarizada é a pessoa, mais crítica ela se torna em relação ao transporte público. Ele é bom ou muito bom para 34,9% das pessoas com até a quarta série do ensino fundamental - 22,5% o acham ruim ou muito ruim. Já para quem tem ensino superior incompleto, completo ou pós-graduação, 20,1% o consideram bom ou muito bom e 36,9% o acham ruim ou muito ruim.
A pesquisa do Ipea, chamada de Sistema de Indicadores de Percepção Social: Mobilidade Urbana, ouviu 2.770 pessoas em todos os Estados do País e utilizou a técnica de amostragem por cotas, a fim de garantir proporcionalidade no que diz respeito à população. A margem máxima de erro por região é de 5%.
Congestionamento e segurança. Segundo a pesquisa, 66,6% da população brasileira convivem com congestionamentos pelo menos uma vez por mês. Deste total, 20,5% enfrentam lentidão mais de uma vez por dia. Esse dado encontra respaldo quando se analisa o aumento da frota de veículos.
O levantamento mostra que no Brasil, de 2000 a 2010, a frota de veículos cresceu 90,9% a mais que a população - só as motocicletas apresentaram um aumento de 242,2%. No ano 2000 havia um carro para 8,5 pessoas. No ano passado, o dado apontava um automóvel para 5,2 pessoas.
O estudo do Ipea aponta que um terço (32,6%) das pessoas se sentem inseguras no meio de transporte que mais utilizam. Raramente se acham seguras 13,6% e nunca se sentem seguras 19%. No entanto, 40% sempre têm confiança no meio de transporte que mais utilizam e 26,9% se acham seguras na maioria das vezes.


João Paulo da Silva
Jornalista e Cronista
DRT/RN - 1541
(84) 8842-8197
"Aos jornais, eu deixo o meu sangue como capital."

(O Rappa)

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