quarta-feira, 2 de março de 2011

E a CPI do MST, no Que Deu Afinal?

2 março, 2011Deixar um comentário

Depois de tanto escarcéu criado pelos jornais a respeito de supostas irregularidades nas contas do MST, o que levou à criação da CPI do MST no congresso, a dita comissão acabou por reconhecer a inexistência de qualquer problema. A bancada ruralista não conseguiu provar nada. O que lograram foi mesmo criminalizar o MST na mídia, mais uma vez, sem qualquer prova ou indício de irregularidade:

“O requerimento que criou a chamada “CPMI do MST” foi apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em 21 de outubro de 2009. Seu intento explícito era o de criminalizar a luta pela reforma agrária. Ao longo das 13 reuniões oficiais, foram ouvidas dezenas de pessoas – de integrantes de entidades e associações que desenvolvem atividades no meio rural a membros das mais diversas pastas do Executivo federal, passando por especialistas na questão agrária. Em julho passado, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) apresentou seu relatório final, no qual frisava a “inexistência de qualquer irregularidade no fato de as entidades manterem relações e atenderem público vinculado a movimentos sociais”. Mas os propositores da CPMI pressionaram com a ameaça de um voto em separado e conseguiram forçar a sua prorrogação por mais seis meses. O prazo da prorrogação chegou ao fim, no final de janeiro, sem que nada mais fosse votado ou discutido” (do Brasil de Fato).

Clique aqui para outra reportagem sobre o tema do papel político da imprensa brasileira em divulgar extensivamente a criação da CPI, e depois esconder o seu encerramento sem ter chegado a qualquer evidência de crime. É bom lembrar também que as acusações contra o MST feitas pela Cutrale tampouco levaram a lugar algum:

“a confirmação do encerramento formal da CPMI do MST surge no bojo do anúncio da decisão unânime da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que determinou o trancamento do processo instaurado contra integrantes do MST, acusados da prática de crimes durante a ocupação da Fazenda Santo Henrique/Sucocitrico Cutrale entre agosto e setembro de 2009, mesma época em que foi articulada a ofensiva contra os sem-terra que veio a dar origem à comissão” (doEscrevinhador)

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